Muitos teologos brasileiros apoiam e sustentam os pensamentos deste grande teologo
Jürgen Moltmann é um dos principais teólogos Luteranos contemporâneos. Ele nasceu em 1926 em Hamburgo, Alemanha. Moltmann lutou na II Guerra, foi feito prisioneiro pelos ingleses e foi levado para um campo de concentração na Inglaterra. Moltmann de 1945-1948, esteve prisioneiro dos aliados na Bélgica e na Inglaterra. Esses anos de prisão levaram-no a refletir sobre o sentido da vocação cristã. Em 1948 voltou a Alemanha e foi estudar teologia. A partir de 1952, atuou como pastor da Igreja Luterana. Desde 1967, foi professor de teologia sistemática na Universidade de Tubinga. Moltmann é um escritor prolífico, centrado integralmente em “olhar a teologia sob um ponto de vista particular: a esperança. É uma contribuição sistemática à teologia, na qual considera o contexto e a correlação que os diferentes conceitos têm no campo da teologia”.Moltmann dedicou-se e ainda se dedica a lecionar teologia em universidades. Moltmann é o criador da 'Teologia da Esperança', em que desenvolve as idéias da realização do Reino, como promessa fundamental de Deus. Ele também destaca muito a importância do mistério da cruz. Moltmann é casado e tem quatro filhos.
Suas principais obras são:
- Teologia da Esperança;
- O Deus Crucificado;
- A Igreja na Força do Espírito;
- Conversão ao Futuro.
Suas obras:
Teologia da esperança (1964), que o torna conhecido como um dos grandes teólogos de hoje na linha de Barth e de Bultmann. Nela confirma a importância que a escatologia tem na doutrina do Novo Testamento; a escatologia, não como crença em fatos concretos que devem acontecer nos finais dos tempos, mas como fator que modela toda a teologia cristã. Tal perspectiva escatológica do cristianismo é interpretada como promessa, como plataforma para a futura esperança. É base para uma transformação antecipada do mundo da nova terra prometida. A meta da missão cristã não é simplesmente uma salvação individual, pessoal, nem sequer espiritual; é a realização da esperança da justiça, da socialização de toda a humanidade e da paz do mundo. Esse outro aspecto de reconciliação com Deus pela realização da justiça foi descuidado pela Igreja. A Igreja deve trabalhar por essa realização, baseada na esperança futura.
O Deus Crucificado (1972) expõe a doutrina de Deus a partir da perspectiva da cruz. O Deus cristão é um Deus que sofre de amor. Não é um sofrimento imposto de fora — pois Deus é imutável —, mas um sofrimento de amor, ativo. É um sofrimento aceito, um sofrimento de amor, livre, ligado ao Deus sofredor de Auschwitz e do extermínio judeu. A esse livro deve-se acrescentar A Igreja no poder do Espírito (1975). Neste estuda a atividade reconciliadora de Deus no mundo, vista sob a perspectiva da Ressurreição, da Cruz e de Pentecostes. “A Igreja — diz Moltmann — deve estar aberta a Deus, aos homens, e aberta ao futuro tanto de Deus quanto dos homens. Isso pede da Igreja não uma simples adaptação às rápidas mudanças sociais, mas uma renovação interior pelo Espírito de Cristo e a força do mundo futuro.” Isso faz com que a Igreja tenha de ser Igreja de Jesus Cristo e Igreja missionária. Deve ser também uma Igreja ecumênica, que quebre as barreiras entre as Igrejas. E deve ser também política: a dimensão política — agrade ou não — sempre existiu nela. A Teologia da Libertação ensina a Igreja a tomar partido pelos pobres e humilhados deste mundo.
Finalmente, em A Trindade e o Reino de Deus (1980) estuda o mistério da Trindade de Deus fazendo “uma história trinitária”. Examina a paixão de Cristo e vê, no abandono de Cristo na cruz por Deus, o centro da fé cristã. “Deus é abandonado por Deus.” Apóia a sua doutrina social na “Doutrina Trinitária do Reino”, baseada nas idéias de Joaquim de Fiore, elaborando assim uma “Doutrina Trinitária da Liberdade”.
A obra de Moltmann pressupõe uma revitalização e um aprofundamento da teologia cristã.
PENSAMENTOS DE JÜRGEN MOLTMANN
"Cristo veio e se sacrificou para reconciliar o mundo inteiro. Ninguém fica excluído".
"Nós não somos só os intérpretes do futuro, mas já somos os colaboradores do futuro, cuja força, na esperança como realização, é Deus".
"Por 'Reino de Deus', nós entendemos o cumprimento escatológico do senhorio histórico-libertador de Deus. Seria unilateral ver o senhorio de Deus somente no seu reino perfeito, como também geraria muitos equívocos uma equiparação entre Reino de Deus e o domínio que Deus exerce atualmente. Em seu Reino, Deus reina de modo incontrastado, universal e em toda a clareza".
"A mediação entre a tradição do cristianismo e a cultura do tempo presente é a tarefa mais importante da teologia. Sem uma conexão viva com as possibilidades e os problemas do homem de hoje, a teologia cristã torna-se estéril e irrelevante. Mas, sem uma referência à tradição cristã, a teologia torna-se oportunista e acrítica".
"Deus não está presente em algum lugar do além: Ele vem, e é tal que está presente. Prometendo um mundo novo - o da vida, da justiça e da verdade universais -, ele questiona constantemente este mundo presente, através desta promessa: não que, para aquele que tem esperança, este mundo presente não seja nada; mas ele ainda não é aquilo que tem a perspectiva de ser. Assim questionados, o mundo e a condição humana acorrentada a este mundo se tornam históricos, pois são colocados em xeque e em crise por causa do futuro prometido. Lá onde começa o novo, o antigo se torna manifesto. Lá onde é prometido o novo, o antigo se torna passageiro e superável. Lá onde se espera e se aguarda o novo, o antigo pode ser abandonado. Assim a 'história' aparece, em função do seu fim, naquilo que se opera graças à promessa, naquilo que esta promessa - que caminha para frente e ilumina o caminho - permite perceber. A escatologia não desaparece nas nuvens de areia da história, senão que mantém a história viva na crítica e na esperança; aescatologia é algo como as nuvens de areia da história vindas de longe".
"Se a revelação do Ressuscitado está aberta para o seu próprio futuro e para a sua promessa, esta abertura para o futuro transcende toda a história consecutiva da Igreja, tem sobre ela uma superioridade absoluta. A recordação da promessa acontecida - recordação de um advento, e não de um evento passado - afunda como uma lasca na carne de cada (momento) presente e o abre para o futuro".
"... este evento, que se pode apreender através da Crucifixão e das aparições pascais... remete retrospectivamente para as promessas de Deus e direciona para frente em direção a um 'eschaton': a revelação da sua divindade em todas as coisas. Ele deve, pois, ser entendido como o advento escatológico da fidelidade de Deus, mas também como a garantia escatológica da sua promessa e como o início da consumação".
"A soberania do Cristo crucificado por motivo político só pode estender-se através da libertação em relação às formas do poder que mantém os homens em tutela e os tornam apáticos, e através da evacuação das religiões políticas que lhes dão sustentação. A consumação do Reino de liberdade de Jesus deve, segundo Paulo, aniquilar todo poder, toda autoridade e toda potência, que ainda são inevitáveis aqui na terra, e suprimir as apatias e as alienações que lhes correspondem. Os cristãos procurarão, de acordo com as possibilidade presentes, antecipar o futuro de Cristo, destruindo todadominação e construindo a vida política de cada um".
"Jesus não viveu como uma pessoa privada... senão que, quanto possamos saber pelas fontes, viveu como uma personalidade pública, da proximidade do seu Deus e Pai para o seu Reino vindouro".
"Só compreendemos o caráter peculiar da sua morte se compreendermos o seu abandono por parte do seu Deus e Pai, do qual ele havia pregado a proximidade de uma forma única, benévola e solene. O caráter único do abandono por Deus, no qual Jesus morreu, guarda relação com o caráter únicoda sua comunhão com Deus na sua vida e na sua pregação. Trata-se de algo mais do que - e de algo diferente de - um 'desabamento' e de um 'fracasso'".
"Deve-se dizer, portanto: sua morte na cruz é o 'significado' da sua ressurreição por nós... (Pois) o Reino vindouro, cuja certeza os discípulos encontram nas aparições pascais de Cristo, assumiu a partir de agora, através de Cristo, a forma da cruz em um mundo alienado. A cruz é a forma do Reino redentor que vem, e o Crucificado é a encarnação do Ressuscitado. No Crucificado, o 'fim da história' está presente dentro da realidade da história. Nele se encontram, portanto, a reconciliação no meio do conflito e a esperança de superar o conflito".
"O Deus da liberdade, o verdadeiro Deus não se reconhece pelo seu poder e sua glória no mundo e na história do mundo, mas pela sua impotência e sua morte no patíbulo de infâmia da cruz de Jesus".
"O princípio material da doutrina trinitária é a cruz de Cristo. O princípio formal do conhecimento da cruz é a doutrina trinitária".
"Pois Jesus aceita morrer abandonado, não sofre a morte como tal, já que não se pode 'sofrer' a morte, pois o sofrimento supõe a vida. Mas o Pai, que o abandona e o entrega, sofre pela morte do Filho na dor infinita do amor".
"O que procede deste evento entre o Pai e o Filho é o Espírito que justifica os ímpios, que enche de amor os abandonados, que até aos mortos dará a vida - pois nem o fato da morte deles pode excluí-los deste acontecimento da cruz, senão que a morte em Deus também os inclui".
"O Crucificado não desaparece quando vem o cumprimento, senão que antes se torna o fundamento da existência salva em Deus, e na inabitação de Deus em todos".
“Deus, sendo amor, só pode ser testemunhado e experimentado em uma congregação pequena o bastante para que os membros se conheçam e se aceitem uns aos outros, assim como são aceitos por Cristo. O evangelho do Cristo crucificado por nós põe termo à religião como potência e abre apossibilidade de experimentar a Deus, no âmbito da comunidade genuína, como o Deus de amor”.
"O caminho para uma unidade que seja aceitável por todos está dificultado tanto pelo centralismo papal e pelo uniformismo romano, por um lado, como, por outro, pela dispersão protestante e, em último lugar, pela auto-suficiência ortodoxa".
"Por meio de subverter e demolir todas as barreiras - sejam da religião, da raça, da educação, ou da classe - a comunidade dos cristãos comprova que é a comunidade de Cristo. Esta, na realidade, poderia tornar-se a nova marca identificadora da igreja no mundo, por ser composta, não de homens iguais e de mentalidade igual, mas, sim, de homens dessemelhantes, e, na realidade, daqueles que tinham sido inimigos... O caminho para este alvo de uma nova comunidade humanista que envolve todas as nações e línguas é, porém, um caminho revolucionário".
"Se a promessa é considerada como promessa de Deus, então não pode ser verificada segundo os critérios humanos. A plenificação da promessa pode conter o novo, mesmo dentro do esperado, e superar na realidade o pensado em categorias humanas [...]. O ainda-não da expectação ultrapassa todo cumprimento já sobrevindo. Por isso, toda realidade de cumprimento, sobrevinda já agora, se transforma na confirmação, interpretação e libertação de uma esperança maior [...]. A razão da constante mais-valia da promessa e de seu permanente superávit acima da história reside no caráter inexaurível do Deus da promessa".
“O cristianismo é total e visceralmente escatológico, e não só a modo de apêndice (...). O
escatológico não é algo que adere ao cristianismo, mas simplesmente o meio em que se move a fé
cristã, aquilo que dá o tom a tudo que há nele. Como a fé cristã vive da ressurreição do Cristo
crucificado, ela não pode ser simplesmente parte da doutrina cristã. Ao contrário, toda a pregação cristã tem uma orientação escatológica”.
sábado, 25 de julho de 2009
Olhos que não enxergam
fonte:Russell Shedd
A cegueira espiritual é semelhante à tentativa de discernir a tridimensionalidade do mundo a partir de uma fotografia
“Você não me conhece, Filipe, mesmo depois de eu ter estado com vocês durante tanto tempo? Quem me vê, vê o Pai. Como você pode dizer: ‘Mostra-nos o Pai’?” (Jo 14.9, NVI). É de conhecimento comum que os descrentes sofrem de uma cegueira espiritual induzida pelo “deus deste mundo” (2Co 4.4). Mas essas palavras de Jesus revelam a possibilidade de estar com Cristo sem conhecê-lo. Deve ser comparável ao galho na Videira (Cristo) que não produz fruto; conseqüentemente, sofre a desgraça da remoção e ser lançado no fogo.
Os deficientes visuais sabem que são distintos dos outros que gozam da visão boa. Os tristes seres humanos, aflitos com cegueira física, reconhecem seu isolamento num mundo escuro. Podem tentar imaginar este belíssimo mundo, invisível para eles, exuberante e com vivas cores, vistas empolgantes de montanhas, rios, oceanos e rostos expressivos. Temos pena dos que nunca tiveram a oportunidade de se deliciar com a vista perfeita. Mas deficiência física é muito menos sério do que a cegueira espiritual. A escuridão condena todos os que não têm fé a concluir que o mundo físico é tudo que há. A glória do Criador se percebe pela fé, de modo que todos os sinais da glória e da majestade do seu poder e inteligência inseridos neste mundo se perdem na cegueira do materialista.
C.S. Lewis comparou a tentativa de comunicar a existência do mundo espiritual a um incrédulo a uma criatura que em toda sua vida experimentou apenas duas dimensões. Alguém que tenta explicar as três dimensões do mundo real por uma fotografia acha que o triângulo é um caminho e outro triângulo, uma montanha. O indivíduo limitado às duas dimensões fracassa completamente ao tentar compreender a realidade que a fotografia representa. Como um cão que fareja o dedo da pessoa apontando um suculento pedaço de carne, em vez de virar a cabeça, o homem preso à compreensão materialista do mundo acha que toda essa realidade de Deus, salvação e Céu não passam de imaginação fértil do crente.
Mais complexo é o caso do cristão com olhos abertos, mas incapaz de ver. Paulo ora pelos efésios, rogando a Deus pela iluminação dos olhos a fim de que eles “conheçam a esperança à qual ele os chamou”. Escreveu John H. Newman: “Abençoados aqueles que finalmente verão aquilo que olho mortal não tem visto e somente a fé goza. Aquelas coisas maravilhosas do novo mundo já existem agora como serão então. São imortais e eternos; e as almas que então serão feitos conscientes delas, as verão em sua tranqüilidade e majestade aonde nunca chegaram. Mas quem é capaz de expressar a surpresa e o arrebatamento que descerão sobre aqueles que finalmente os conhecerão pela primeira vez? Quem pode imaginar, por uma extensão da imaginação, os sentimentos daqueles que, tendo morrido na fé, acordam para júbilo? A vida, então iniciada, durará para sempre; porém, se a memória for para nós então o que é para nós agora, aquele dia será um dia para ser muito celebrado para o Senhor durante todas as eras da eternidade” (Dia 153, Diary of Readings, ed. J.Ballie, 1955).
A falta de ver essa gloriosa realidade escatológica torna esta vida uma cena de competição, ambição e desespero. Crentes se desviam por falta de visão do futuro que não vêem e nem imaginam. Faltando iluminação nos olhos espirituais, ficam presos ao mundo material temporário. Transferem os valores do Céu para a Terra e interpretam a prosperidade em termos financeiros e passageiros. Seguir a recomendação de Jesus parece loucura. “Não acumulem para vocês tesouros na Terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam”, em vez de acumular tesouros nos céus. Isto faz sentido somente para quem tem uma visão clara da realidade além deste mundo material.
A Deus toda a glória!
Russell P. Shedd é PhD em Novo Testamento pela Universidade de Edimburgo (Escócia). Fundou a Edições Vida Nova há mais de 40 anos e atualmente é consultor da Shedd Publicações. É missionário da Missão Batista Conservadora no Sul do Brasil e trabalha em terras brasileiras há vários décadas. Lecionou na Faculdade Teológica Batista de São Paulo e viaja pelo Brasil e exterior participando de conferências em congressos, igrejas, seminários e faculdades de Teologia. É autor de vários livros, entre os quais estão A Justiça Social e a Interpretação da Bíblia, Disciplina na Igreja, A Escatologia do Novo Testamento, A Solidariedade da Raça, Justificação, A Oração e o Preparo de líderes cristãos, Fundamentos Bíblicos da Evangelização, Teologia do Desperdício, Criação e Graça: reflexão sobre as revelações de Deus, todos publicados pelas Edições Vida Nova ou pela Shedd Publicações. Além disso, é autor dos comentários da Bíblia Shedd (Vida Nova).
A cegueira espiritual é semelhante à tentativa de discernir a tridimensionalidade do mundo a partir de uma fotografia
“Você não me conhece, Filipe, mesmo depois de eu ter estado com vocês durante tanto tempo? Quem me vê, vê o Pai. Como você pode dizer: ‘Mostra-nos o Pai’?” (Jo 14.9, NVI). É de conhecimento comum que os descrentes sofrem de uma cegueira espiritual induzida pelo “deus deste mundo” (2Co 4.4). Mas essas palavras de Jesus revelam a possibilidade de estar com Cristo sem conhecê-lo. Deve ser comparável ao galho na Videira (Cristo) que não produz fruto; conseqüentemente, sofre a desgraça da remoção e ser lançado no fogo.
Os deficientes visuais sabem que são distintos dos outros que gozam da visão boa. Os tristes seres humanos, aflitos com cegueira física, reconhecem seu isolamento num mundo escuro. Podem tentar imaginar este belíssimo mundo, invisível para eles, exuberante e com vivas cores, vistas empolgantes de montanhas, rios, oceanos e rostos expressivos. Temos pena dos que nunca tiveram a oportunidade de se deliciar com a vista perfeita. Mas deficiência física é muito menos sério do que a cegueira espiritual. A escuridão condena todos os que não têm fé a concluir que o mundo físico é tudo que há. A glória do Criador se percebe pela fé, de modo que todos os sinais da glória e da majestade do seu poder e inteligência inseridos neste mundo se perdem na cegueira do materialista.
C.S. Lewis comparou a tentativa de comunicar a existência do mundo espiritual a um incrédulo a uma criatura que em toda sua vida experimentou apenas duas dimensões. Alguém que tenta explicar as três dimensões do mundo real por uma fotografia acha que o triângulo é um caminho e outro triângulo, uma montanha. O indivíduo limitado às duas dimensões fracassa completamente ao tentar compreender a realidade que a fotografia representa. Como um cão que fareja o dedo da pessoa apontando um suculento pedaço de carne, em vez de virar a cabeça, o homem preso à compreensão materialista do mundo acha que toda essa realidade de Deus, salvação e Céu não passam de imaginação fértil do crente.
Mais complexo é o caso do cristão com olhos abertos, mas incapaz de ver. Paulo ora pelos efésios, rogando a Deus pela iluminação dos olhos a fim de que eles “conheçam a esperança à qual ele os chamou”. Escreveu John H. Newman: “Abençoados aqueles que finalmente verão aquilo que olho mortal não tem visto e somente a fé goza. Aquelas coisas maravilhosas do novo mundo já existem agora como serão então. São imortais e eternos; e as almas que então serão feitos conscientes delas, as verão em sua tranqüilidade e majestade aonde nunca chegaram. Mas quem é capaz de expressar a surpresa e o arrebatamento que descerão sobre aqueles que finalmente os conhecerão pela primeira vez? Quem pode imaginar, por uma extensão da imaginação, os sentimentos daqueles que, tendo morrido na fé, acordam para júbilo? A vida, então iniciada, durará para sempre; porém, se a memória for para nós então o que é para nós agora, aquele dia será um dia para ser muito celebrado para o Senhor durante todas as eras da eternidade” (Dia 153, Diary of Readings, ed. J.Ballie, 1955).
A falta de ver essa gloriosa realidade escatológica torna esta vida uma cena de competição, ambição e desespero. Crentes se desviam por falta de visão do futuro que não vêem e nem imaginam. Faltando iluminação nos olhos espirituais, ficam presos ao mundo material temporário. Transferem os valores do Céu para a Terra e interpretam a prosperidade em termos financeiros e passageiros. Seguir a recomendação de Jesus parece loucura. “Não acumulem para vocês tesouros na Terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam”, em vez de acumular tesouros nos céus. Isto faz sentido somente para quem tem uma visão clara da realidade além deste mundo material.
A Deus toda a glória!
Russell P. Shedd é PhD em Novo Testamento pela Universidade de Edimburgo (Escócia). Fundou a Edições Vida Nova há mais de 40 anos e atualmente é consultor da Shedd Publicações. É missionário da Missão Batista Conservadora no Sul do Brasil e trabalha em terras brasileiras há vários décadas. Lecionou na Faculdade Teológica Batista de São Paulo e viaja pelo Brasil e exterior participando de conferências em congressos, igrejas, seminários e faculdades de Teologia. É autor de vários livros, entre os quais estão A Justiça Social e a Interpretação da Bíblia, Disciplina na Igreja, A Escatologia do Novo Testamento, A Solidariedade da Raça, Justificação, A Oração e o Preparo de líderes cristãos, Fundamentos Bíblicos da Evangelização, Teologia do Desperdício, Criação e Graça: reflexão sobre as revelações de Deus, todos publicados pelas Edições Vida Nova ou pela Shedd Publicações. Além disso, é autor dos comentários da Bíblia Shedd (Vida Nova).
terça-feira, 21 de julho de 2009
O PENSAMENTO TEOLÓGICO DE JOHN WESLEY
Jonh Wesley (1703-1791) e o metodismo
O movimento puritano foi a tentativa de reforma na teologia e prática da Igreja Anglicana, e aconteceu entre os séculos XVI e XVIII. Uma nova reação se dará contra a Igreja Anglicana, e acontecerá no Século XVIII, capitaneada por John Wesley. A partir das idéias de Wesley surgirá a Igreja Metodista, que possuirá ênfases teológicas próprias. Wesley nunca quis fundar uma nova Igreja, ele morreu como anglicano, o surgimento dos metodistas será com os discípulos de Wesley, que levarão as idéias do mestre as últimas consequências. A marca da teologia de Wesley é o "arminianismo de coração". Os puritanos eram marcados por uma teologia extremamente calvinista, Wesley optou pela teologia arminiana. Os arminianos ingleses eram conhecido como "arminianos de mente", pois eram extremamente racionalistas, com Wesley a teologia arminiana encontra-se com a teologia pietista, por isso podemos falar de um "arminianismo do coração".[8]
Uma rápida biografia
Os pais de Wesley eram Samuel e Sussana Wesley, cristão fervorosos da Igreja Anglicana. Na infância Wesley passou por uma situação extremamente difícil, quando sua casa pegou fogo, e ele uma criança de 5 anos ficou preso nas chamas. Ele acabou sendo libertado desta situação difícil, e sua mãe sempre se referia ao filho como um "tição arrancado das chamas". Wesley estudou em Oxford, e portanto teve uma excelente formação teológica. Lá ele se juntará ao seu amigo George Whitefield (1714-1770), os dois se tornarão nos grandes pregadores do Século XVIII na Inglaterra. Os dois mais Charles Welsey, irmão de John, fundarão os "clubes santos", que eram grupos para o estudo bíblico devocional, influência que veio dos "colegia pietatis" dos pietistas alemães. Em razão do seu método rigoroso de oração e estudo bíblico, eram também conhecidos como "metodistas".[9]
Já como pastor anglicano, Wesley empreendeu uma viagem aos EUA, para então atuar lá como ministro religioso. A viagem será extremamente turbulenta, e Wesley se desespera em meio a uma tempestade. No navio havia uma grupo de cristãos morávios, portanto pietistas alemães, que cantavam em meio a tempestade. Wesley ficou impressionado com o grupo, e o líder dos cristãos morávios questionou a conversão de Wesley. Num diário Wesley admitiu que naquele período não tinha realmente confiança absoluta em Jesus. O seu ministério nos EUA, mais especificamente na Geórgia, será um fracasso. De volta a Inglaterra no dia 24/05/1738, John Wesley voltará a se encontrar com pietistas morávios, entrará numa reunião deles na rua de Aldersgate, e lá eles estavam lendo a introdução de Lutero a Epístola de Paulo aos Romanos, quando Wesley teve uma grande experiência espiritual que registrou da seguinte maneira:
“Senti meu coração se aquecer como nunca antes. Senti que confiava de fato em Cristo, e somente nele, para a minha salvação; e tive a certeza de que ele havia assumido meus pecados, sim, até os meus pecados, e me salvado da lei do pecado e da morte”.
Até hoje se discute se foi uma renovação espiritual ou uma conversão que Wesley experimentou, em razão do registro em seu diário sobre a conversa com os morávios no navio, parece que foi uma conversão, porém o assunto ainda é bastante polêmico.[10]
A partir de sua "experiência espiritual", Wesley irá se tornar um pregador itinerante pela Inglaterra. Ele não deixará a Igreja Anglicana, mas será proibido de pregar, em razão de sua pregação entusiasmada. Foram mais vinte mil sermões pregado, muitos kilômetros rodas a cavalo, e ele chegou até a pregar na lápide do pai. Como ele sempre dizia: "o mundo é minha paróquia", ao responde a liderança da Igreja da Inglaterra que não queria que ele pregasse pelas ruas, ficando apenas nos templos. A princípio estará lado a lado com Whitefield, só que seu amigo era um calvinista convicto, e Wesley um arminiano convicto, em razão da polêmica teológica acabaram por seguir caminhos diferentes. A Inglaterra experimentou um avivamento espiritual grandioso que chegou a ter influência também nos Estados Unidos. A influência social que este avivamento trouxe para a Inglaterra foi grandioso, muitas pessoas deixaram o alcoolismo tão comum naquela época, e há quem afirma que este avivamento evitou uma revolução sangrenta na Inglaterra.[11]
A teologia de John Wesley
Wesley tinha uma grande capacidade intelectual, porém nunca escreveu uma teologia sistemática, pois era avesso a este tipo de estudo. Em sua teologia é possível ver um turbilhão de influências: Hooker, Armínio, Zizendorf e até de puritanos como Baxter. Numa época onde a teologia calvinista era extremamente forte, Wesley desenvolveu uma teologia exclusivamente arminiana. Pode-se dizer que sua teologia estava bem próxima do pensamento pietista. Jonathan Edwards fez do glória de Deus o centro de sua teologia, já Wesley tinha como tema central o amor de Deus. Em razão de sua ênfase no amor de Deus, rejeitou totalmente o calvinismo, que considerava uma verdadeira blasfêmia, pois neste sistema teológico é impossível distinguir Deus do diabo, dizia Wesley.[12]
Em termos da autoridade teológica na Igreja, Wesley defendia a supremacia da Bíblia, porém criou um sistema que ficou conhecido como quadrilátero de Wesley. A Bíblia é a maior autoridade, porém também devem ser levadas em conta a razão, a tradição e a experiência. A ênfase na razão ele emprestou do grande teólogo anglicana Hooker, já a ênfase na experiência dos pietistas. Agora é importante destacar que estas autoridades (bíblia, tradição, razão, experiência) não estavam em pé de igualdades, a Bíblia era sempre o fato decisivo. Wesley também destacava que não basta a leitura da Bíblia, pois toda leitura da Bíblia envolve também uma interpretação, seja ela consciente ou inconsciente, e todo teólogo deve estar consciente disso.[13]
Outro ponto importante de sua teologia, e extremamente controvertido, foi a doutrina do perfeccionismo cristão. Com certeza Wesley, ao contrário de Lutero, enfatizou muito mais a regeneração e a santificação do que a justificação, esta característica ele herdou principalmente dos pietistas. Em relação ao batismo infantil, a exemplo dos puritanos, ele não fez nenhuma crítica, mantendo esta prática. Sobre a perfeição cristão ele escreveu um importante tratado em 1767, intitulado de "Explicação clara da perfeição cristã". Ele defendia que a perfeição tem haver com humildade, bondade, paciência, amor a Deus e domínio próprio. Ele enfatiza que "não defendo o termo impecável", porém em alguns momentos ele parece dizer que o cristão pode chegar a perfeição. Esta perfeição era conseguida num ato simples e instantâneo, que era precedido de um esforço progressivo de busca da santidade. De repente, num momento, a pessoa recebia esta espécie de "segunda bênção", Wesley não foi um pentecostal, porém a sua idéia de "santificação" foi um dos embriões da futura teologia pentecostal. Este momento de se atingir a "perfeição" ou da "santificação plena" geralmente se dá na hora da morte, mas Wesley admite que ela podia acontecer 10, 20, 30 ou até 40 anos antes da morte.[14]
Lutero havia destacada a idéia do "simul justus et peccator", que depois de salvo, somos justos e pecadores, e sempre lutaremos com este dilema dentro de nós. O ensino de Wesley parece ser mais otimista, e admitia com certeza para alguns cristãos uma perfeição. Há quem diga que Wesley estaria negando a justificação pela fé ao enfatizar a santificação, porém ele fazia questão de dizer que “Creio na justificação pela fé somente, tanto quanto creio que Deus existe”. Hagglund também destaca que “A justificação apenas pela fé era o ponto central relegado neste ensino a um segundo plano". Outro ponto importante de seu ensino foi sua ênfase no sacerdócio universal dos crentes, porém ele manteve uma eclesiologia episcopal. A "igrejas de santidade" americanas que serão seguidoras das idéias de Wesley rejeitarão esta eclesiologia mais aberta, onde havia liberdade total da congregação. É destas igreja que nasceu na virada do Século XIX para o XX o movimento pentecostal.[15]
O movimento puritano foi a tentativa de reforma na teologia e prática da Igreja Anglicana, e aconteceu entre os séculos XVI e XVIII. Uma nova reação se dará contra a Igreja Anglicana, e acontecerá no Século XVIII, capitaneada por John Wesley. A partir das idéias de Wesley surgirá a Igreja Metodista, que possuirá ênfases teológicas próprias. Wesley nunca quis fundar uma nova Igreja, ele morreu como anglicano, o surgimento dos metodistas será com os discípulos de Wesley, que levarão as idéias do mestre as últimas consequências. A marca da teologia de Wesley é o "arminianismo de coração". Os puritanos eram marcados por uma teologia extremamente calvinista, Wesley optou pela teologia arminiana. Os arminianos ingleses eram conhecido como "arminianos de mente", pois eram extremamente racionalistas, com Wesley a teologia arminiana encontra-se com a teologia pietista, por isso podemos falar de um "arminianismo do coração".[8]
Uma rápida biografia
Os pais de Wesley eram Samuel e Sussana Wesley, cristão fervorosos da Igreja Anglicana. Na infância Wesley passou por uma situação extremamente difícil, quando sua casa pegou fogo, e ele uma criança de 5 anos ficou preso nas chamas. Ele acabou sendo libertado desta situação difícil, e sua mãe sempre se referia ao filho como um "tição arrancado das chamas". Wesley estudou em Oxford, e portanto teve uma excelente formação teológica. Lá ele se juntará ao seu amigo George Whitefield (1714-1770), os dois se tornarão nos grandes pregadores do Século XVIII na Inglaterra. Os dois mais Charles Welsey, irmão de John, fundarão os "clubes santos", que eram grupos para o estudo bíblico devocional, influência que veio dos "colegia pietatis" dos pietistas alemães. Em razão do seu método rigoroso de oração e estudo bíblico, eram também conhecidos como "metodistas".[9]
Já como pastor anglicano, Wesley empreendeu uma viagem aos EUA, para então atuar lá como ministro religioso. A viagem será extremamente turbulenta, e Wesley se desespera em meio a uma tempestade. No navio havia uma grupo de cristãos morávios, portanto pietistas alemães, que cantavam em meio a tempestade. Wesley ficou impressionado com o grupo, e o líder dos cristãos morávios questionou a conversão de Wesley. Num diário Wesley admitiu que naquele período não tinha realmente confiança absoluta em Jesus. O seu ministério nos EUA, mais especificamente na Geórgia, será um fracasso. De volta a Inglaterra no dia 24/05/1738, John Wesley voltará a se encontrar com pietistas morávios, entrará numa reunião deles na rua de Aldersgate, e lá eles estavam lendo a introdução de Lutero a Epístola de Paulo aos Romanos, quando Wesley teve uma grande experiência espiritual que registrou da seguinte maneira:
“Senti meu coração se aquecer como nunca antes. Senti que confiava de fato em Cristo, e somente nele, para a minha salvação; e tive a certeza de que ele havia assumido meus pecados, sim, até os meus pecados, e me salvado da lei do pecado e da morte”.
Até hoje se discute se foi uma renovação espiritual ou uma conversão que Wesley experimentou, em razão do registro em seu diário sobre a conversa com os morávios no navio, parece que foi uma conversão, porém o assunto ainda é bastante polêmico.[10]
A partir de sua "experiência espiritual", Wesley irá se tornar um pregador itinerante pela Inglaterra. Ele não deixará a Igreja Anglicana, mas será proibido de pregar, em razão de sua pregação entusiasmada. Foram mais vinte mil sermões pregado, muitos kilômetros rodas a cavalo, e ele chegou até a pregar na lápide do pai. Como ele sempre dizia: "o mundo é minha paróquia", ao responde a liderança da Igreja da Inglaterra que não queria que ele pregasse pelas ruas, ficando apenas nos templos. A princípio estará lado a lado com Whitefield, só que seu amigo era um calvinista convicto, e Wesley um arminiano convicto, em razão da polêmica teológica acabaram por seguir caminhos diferentes. A Inglaterra experimentou um avivamento espiritual grandioso que chegou a ter influência também nos Estados Unidos. A influência social que este avivamento trouxe para a Inglaterra foi grandioso, muitas pessoas deixaram o alcoolismo tão comum naquela época, e há quem afirma que este avivamento evitou uma revolução sangrenta na Inglaterra.[11]
A teologia de John Wesley
Wesley tinha uma grande capacidade intelectual, porém nunca escreveu uma teologia sistemática, pois era avesso a este tipo de estudo. Em sua teologia é possível ver um turbilhão de influências: Hooker, Armínio, Zizendorf e até de puritanos como Baxter. Numa época onde a teologia calvinista era extremamente forte, Wesley desenvolveu uma teologia exclusivamente arminiana. Pode-se dizer que sua teologia estava bem próxima do pensamento pietista. Jonathan Edwards fez do glória de Deus o centro de sua teologia, já Wesley tinha como tema central o amor de Deus. Em razão de sua ênfase no amor de Deus, rejeitou totalmente o calvinismo, que considerava uma verdadeira blasfêmia, pois neste sistema teológico é impossível distinguir Deus do diabo, dizia Wesley.[12]
Em termos da autoridade teológica na Igreja, Wesley defendia a supremacia da Bíblia, porém criou um sistema que ficou conhecido como quadrilátero de Wesley. A Bíblia é a maior autoridade, porém também devem ser levadas em conta a razão, a tradição e a experiência. A ênfase na razão ele emprestou do grande teólogo anglicana Hooker, já a ênfase na experiência dos pietistas. Agora é importante destacar que estas autoridades (bíblia, tradição, razão, experiência) não estavam em pé de igualdades, a Bíblia era sempre o fato decisivo. Wesley também destacava que não basta a leitura da Bíblia, pois toda leitura da Bíblia envolve também uma interpretação, seja ela consciente ou inconsciente, e todo teólogo deve estar consciente disso.[13]
Outro ponto importante de sua teologia, e extremamente controvertido, foi a doutrina do perfeccionismo cristão. Com certeza Wesley, ao contrário de Lutero, enfatizou muito mais a regeneração e a santificação do que a justificação, esta característica ele herdou principalmente dos pietistas. Em relação ao batismo infantil, a exemplo dos puritanos, ele não fez nenhuma crítica, mantendo esta prática. Sobre a perfeição cristão ele escreveu um importante tratado em 1767, intitulado de "Explicação clara da perfeição cristã". Ele defendia que a perfeição tem haver com humildade, bondade, paciência, amor a Deus e domínio próprio. Ele enfatiza que "não defendo o termo impecável", porém em alguns momentos ele parece dizer que o cristão pode chegar a perfeição. Esta perfeição era conseguida num ato simples e instantâneo, que era precedido de um esforço progressivo de busca da santidade. De repente, num momento, a pessoa recebia esta espécie de "segunda bênção", Wesley não foi um pentecostal, porém a sua idéia de "santificação" foi um dos embriões da futura teologia pentecostal. Este momento de se atingir a "perfeição" ou da "santificação plena" geralmente se dá na hora da morte, mas Wesley admite que ela podia acontecer 10, 20, 30 ou até 40 anos antes da morte.[14]
Lutero havia destacada a idéia do "simul justus et peccator", que depois de salvo, somos justos e pecadores, e sempre lutaremos com este dilema dentro de nós. O ensino de Wesley parece ser mais otimista, e admitia com certeza para alguns cristãos uma perfeição. Há quem diga que Wesley estaria negando a justificação pela fé ao enfatizar a santificação, porém ele fazia questão de dizer que “Creio na justificação pela fé somente, tanto quanto creio que Deus existe”. Hagglund também destaca que “A justificação apenas pela fé era o ponto central relegado neste ensino a um segundo plano". Outro ponto importante de seu ensino foi sua ênfase no sacerdócio universal dos crentes, porém ele manteve uma eclesiologia episcopal. A "igrejas de santidade" americanas que serão seguidoras das idéias de Wesley rejeitarão esta eclesiologia mais aberta, onde havia liberdade total da congregação. É destas igreja que nasceu na virada do Século XIX para o XX o movimento pentecostal.[15]
Reflexão: O que é Teologia
Todo mundo faz teologia
Teologia é uma palavra usada nos seminários e nos livros. Mas teologia é coisa que todo mundo faz. Quando, por exemplo, uma pessoa próxima sofre algum infortúnio, e um crente aproxima-se numa atitude de conforto e diz: "Não se deixe abater: Deus sabe o que faz!", o que esse crente está fazendo é teologia. Quando Jó, diante de toda a desgraça que lhe caiu na cabeça, afirmou: "O Senhor deu, e o Senhor tirou" (Jó 1,21b), Jó fez teologia. Quando a mulher cananéia respondeu a Jesus, dizendo: "Sim, mas até os cachorrinhos comem das migalhas" (Mt 15,27b), também ela fez teologia
Teologia e Deus
O que é teologia? Será que é igual a biologia? Quer dizer, se biologia é o estudo da vida (bio = vida e logia = estudo), então teologia é o estudo de Deus (teo = Deus e logia = estudo)? Será?
Vamos pensar um pouco. A biologia estuda a vida dissecando organismos ou analisando pequenos pedaços de tecido orgânico no microscópio. O biólogo pega o ser vivo, leva-o para o laboratório, coloca-o sob determinadas condições e o examina. Assim aprende. Assim se faz biologia.
Será se dá para fazer isso com Deus? Colocá-lo numa mesa de laboratório e examiná-lo? Você consegue imaginar os teólogos sentados à mesa, com Deus ali esticado, um examinando o pé; outro, o olho; outro, o esôfago? Você acha que nos seminários estamos estudando Deus? E aqui, na classe, é Deus que estamos estudando?
fonte:Osvaldo Luiz
Teologia é uma palavra usada nos seminários e nos livros. Mas teologia é coisa que todo mundo faz. Quando, por exemplo, uma pessoa próxima sofre algum infortúnio, e um crente aproxima-se numa atitude de conforto e diz: "Não se deixe abater: Deus sabe o que faz!", o que esse crente está fazendo é teologia. Quando Jó, diante de toda a desgraça que lhe caiu na cabeça, afirmou: "O Senhor deu, e o Senhor tirou" (Jó 1,21b), Jó fez teologia. Quando a mulher cananéia respondeu a Jesus, dizendo: "Sim, mas até os cachorrinhos comem das migalhas" (Mt 15,27b), também ela fez teologia
Teologia e Deus
O que é teologia? Será que é igual a biologia? Quer dizer, se biologia é o estudo da vida (bio = vida e logia = estudo), então teologia é o estudo de Deus (teo = Deus e logia = estudo)? Será?
Vamos pensar um pouco. A biologia estuda a vida dissecando organismos ou analisando pequenos pedaços de tecido orgânico no microscópio. O biólogo pega o ser vivo, leva-o para o laboratório, coloca-o sob determinadas condições e o examina. Assim aprende. Assim se faz biologia.
Será se dá para fazer isso com Deus? Colocá-lo numa mesa de laboratório e examiná-lo? Você consegue imaginar os teólogos sentados à mesa, com Deus ali esticado, um examinando o pé; outro, o olho; outro, o esôfago? Você acha que nos seminários estamos estudando Deus? E aqui, na classe, é Deus que estamos estudando?
fonte:Osvaldo Luiz
Vaticano Elogia novo Harry Potter
Para jornal da igreja católica filme tem 'equilíbrio correto'. Mérito estaria em esclarecer embate entre bem e o mal.
O Vaticano elogiou o último filme de Harry Potter nesta segunda-feira (13), afirmando que "O enigma do príncipe" torna claro o antigo embate do bem contra o mal.
O jornal "L'Osservatore Romano" deu duas estrelas para o filme, inclusive para a forma como ele retrata o amor entre adolescentes. Para o crítico, o sexto da série atinge o "equilíbrio correto" e torna os personagens mais críveis para o público em geral.
A publicação afirma que o filme, que estreia mundialmente nesta quarta-feira, é a melhor adaptação até agora da série de J.K. Rowling sobre um jovem bruxo e seus colegas na escola de magia de Hogwarts em luta contra o inimigo de Harry, Voldemort.
Mesmo criticando Rowling por omitir qualquer "referência à trascendêcia" explícita em seus livros, o "L'Osservatore" argumenta que o longa mais recente esclarece que o bem deve prevalecer sobre o mal "e que às vezes isso requer custos e sacrifícios".
Os elogios do Vaticano surgem após as duras críticas sobre a série feitas por um padre conservador austríaco, Gerhard Maria Wagner, que classificou os romances de Harry Potter como satanismo.
Fonte: G1
O Vaticano elogiou o último filme de Harry Potter nesta segunda-feira (13), afirmando que "O enigma do príncipe" torna claro o antigo embate do bem contra o mal.
O jornal "L'Osservatore Romano" deu duas estrelas para o filme, inclusive para a forma como ele retrata o amor entre adolescentes. Para o crítico, o sexto da série atinge o "equilíbrio correto" e torna os personagens mais críveis para o público em geral.
A publicação afirma que o filme, que estreia mundialmente nesta quarta-feira, é a melhor adaptação até agora da série de J.K. Rowling sobre um jovem bruxo e seus colegas na escola de magia de Hogwarts em luta contra o inimigo de Harry, Voldemort.
Mesmo criticando Rowling por omitir qualquer "referência à trascendêcia" explícita em seus livros, o "L'Osservatore" argumenta que o longa mais recente esclarece que o bem deve prevalecer sobre o mal "e que às vezes isso requer custos e sacrifícios".
Os elogios do Vaticano surgem após as duras críticas sobre a série feitas por um padre conservador austríaco, Gerhard Maria Wagner, que classificou os romances de Harry Potter como satanismo.
Fonte: G1
A \mocidade da Igreja da Fé do Brasil Adorando ao Senhor
sábado, 18 de julho de 2009
PASTORA FRANCISCA
ARTHUR NERY
sábado, 11 de julho de 2009
Roupagem de Cristianismo, mas mostram -se muito mais deístas.
A teologia liberal
Autor :CACP
... e suas implicações para a fé bíblica Do jeito que as coisas andam em nossos dias, precisamos urgentemente nos libertar da teologia liberal. É espantoso o crescente número de livros (inclusive publicados por editoras evangélicas) que esboçam os ensinamentos deste tipo de teologia ou tecem comentários favoráveis. Embora esta teologia tenha nascido com os protestantes, hoje, porém, seus maiores expoentes são os católicos romanos. Na católica encontramos grande quantidade de obras defendendo e/ou propagando a teologia liberal. E não é só isso. A forma com que alguns seminários e igrejas vêm se comprometendo com os ensinos desta teologia também é de impressionar. A libertação da teologia liberal não só é necessária como também é vital para a Igreja brasileira, ameaçada pelo secularismo e pelo liberalismo teológico corrosivo. Apesar das motivações iniciais dos modernistas, suas idéias, no entanto, representaram grave ameaça à ortodoxia, fato já comprovado pela história. O movimento gerou ensinamentos que dividiram quase todas as denominações históricas na primeira metade deste século. Ao menosprezar a importância da doutrina, o modernismo abriu a porta para o liberalismo teológico, o relativismo moral e a incredulidade descarada. Atualmente, a maioria dos evangélicos tende a compreender a palavra “modernismo” como uma negação completa da fé. Por isso, com facilidade esquecemos que o objetivo dos primeiros modernistas era apenas tornar a igreja mais “moderna”, mais unificada, mais relevante e mais aceitável em uma era caracterizada pela modernidade. Mas o que caracterizaria um teólogo liberal? O verbete sobre o “protestantismo liberal” do Novo Dicionário de Teologia, editado por Alan Richardson e John Bowden, nos traz uma boa noção do termo. Vejamos três destaques de elementos do liberalismo teológico: 1- É receptivo à ciência, às artes e estudos humanos contemporâneos. Procura a verdade onde quer que se encontre. Para o liberalismo não existe a descontinuidade entre a verdade humana e a verdade do cristianismo, a disjunção entre a razão e a revelação. A verdade deve ser encontrada na experiência guiada mais pela razão do que pela tradição e autoridade e mostra mais abertura ao ecumenismo; 2- Tem-se mostrado simpatia para com o uso dos cânones da historiografia para interpretar os textos sagrados. A Bíblia é considerada documento humano, cuja validade principal está em registrar a experiência de pessoas abertas para a presença de Deus. Sua tarefa contínua é interpretar a Bíblia, à luz de uma cosmovisão contemporânea e da melhor pesquisa histórica, e, ao mesmo tempo, interpretar a sociedade, à luz da narrativa evangélica; 3 - Os liberais ressaltam as implicações éticas do cristianismo. O cristianismo não é um dogma a ser crido, mas um modo de viver e conviver, um caminho de vida. Mostraram-se inclinados a ter uma visão otimista da mudança e acreditar que o mal é mais uma ignorância. Por ter vários atributos até divergentes, o liberal causa alergia para uns e para outros é motivo de certa satisfação, por ser considerado portador de uma mente aberta para o diálogo com posições contrárias. As grandes batalhas causadas pelo liberalismo foram travadas dentro das grandes denominações históricas. Muitos pastores que haviam saído dos EUA no intuito de se pós-graduarem nas grandes universidades teológicas da Europa, especificamente na Alemanha, em que a teologia liberal abraçava as teorias destrutivas da Alta Crítica produzida pelo racionalismo humanista, acabaram retornando para os EUA completamente descrentes nos fundamentos do cristianismo histórico. Os liberais, devido à tolerância inicial dos fiéis para com a sã doutrina, tiveram tempo de fermentar as grandes denominações e conseguiram tomar para si os grandes seminários, rádios e igrejas, de modo que não sobrou outra alternativa para grande parte dos fundamentalistas senão sair dessas denominações e se organizar em novas denominações. Daí surgiram os Batistas Regulares (que formaram a Associação Geral das Igrejas Batistas Regulares, em 1932), os Batistas Independentes, as Igrejas Bíblicas, as Igrejas Cristãs Evangélicas, a Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos (em 1936, que mudou seu nome para Igreja Presbiteriana Ortodoxa), a Igreja Presbiteriana Bíblica (em 1938), a Associação Batista Conservadora dos Estados Unidos (em 1947), as Igrejas Fundamentalistas Independentes dos Estados Unidos (em 1930) e muitas outras denominações que existem ainda hoje. Podemos dizer que algumas das características do cristianismo ortodoxo se baseiam nos seguintes pontos: • Manter fidelidade incondicional à Bíblia, que é inerrante, infalível e verbalmente inspirada; • Acreditar que o que a Bíblia diz é verdade (verdade absoluta, ou seja, verdade sempre, em todo lugar e momento); • Julgar todas as coisas pela Bíblia e ser julgado unicamente por ela; • Afirmar as verdades fundamentais da fé cristã histórica: a doutrina da Trindade, a encarnação, o nascimento virginal, o sacrifício expiatório, a ressurreição física, a ascensão ao céu, a segunda vinda do Senhor Jesus Cristo, o novo nascimento mediante a regeneração do Espírito Santo, a ressurreição dos santos para a vida eterna, a ressurreição dos ímpios para o juízo final e a morte eterna e a comunhão dos santos, que são o Corpo de Cristo. • Ser fiel à fé e procurar anunciá-la a toda criatura; • Denunciar e se separar de toda negativa eclesiástica dessa fé, de todo compromisso com o erro e de todo tipo de apostasia; • Batalhar firmemente pela fé que foi concedida aos santos. Contudo, o liberalismo, em sua apostasia, nega a validade de quase todos os fundamentos da fé, como, por exemplo, a inerrância das Escrituras, a divindade de Cristo, a necessidade da morte expiatória de Cristo, seu nascimento virginal e sua ressurreição. Chegam até mesmo a negar que existiu realmente o Jesus narrado nas Escrituras. A doutrina escatológica liberal se baseia no universalismo (todas as pessoas serão salvas um dia e Deus vai dar um jeito até na situação do diabo) e, conseqüentemente, para eles, não existe inferno e muito menos o conceito de pecado. O liberalismo é um sistema racionalista que só aceita o que pode ser “provado” cientificamente pelos próprios conhecimentos falíveis, fragmentados e limitados do homem. Os primeiros estudiosos que aplicaram o método histórico-crítico sem critérios ao estudo das Escrituras negavam que a Bíblia fosse, de fato, a Palavra de Deus inspirada. Segundo eles, a Bíblia continha apenas a Palavra de Deus. O liberalismo teológico tem procurado embutir no cristianismo uma roupagem moderna: pegam as últimas idéias seculares e, sorrateiramente, espalham no mundo cristão. J.G. Machem, em seu livro Cristianismo e liberalismo, trata deste assunto com maestria. Na contracapa, podemos ver uma pequena comparação entre o cristianismo e o liberalismo: “O liberalismo representa a fé na humanidade, ao passo que o cristianismo representa a fé em Deus. O primeiro não é sobrenatural, o último é absolutamente sobrenatural. Um é a religião da moralidade pessoal e social, o outro, contudo, é a religião do socorro divino. Enquanto um tropeça sobre a ‘rocha de escândalo’, o outro defende a singularidade de Jesus Cristo. Um é inimigo da doutrina, ao passo que o outro se gloria nas verdades imutáveis que repousam no próprio caráter e autoridade de Deus”. Muitos, por buscarem aceitação teológica acadêmica, têm-se comprometido fatalmente, pois, na prática, os liberais tentam remover do cristianismo todas as coisas que não podem ser autenticadas pela ciência. Sempre que a ciência contradiz a Bíblia, a ciência é preferida e a Bíblia, desacreditada. Hoje, a animosidade que demonstram para com a Bíblia tem caracterizado aqueles que crêem que ela é literalmente a Palavra de Deus e inerrante (sem erros em seus originais) como “fundamentalistas”.1 Ora, podemos por acaso negociar o inegociável? Os liberais acusam os evangélicos de transformar a Bíblia em um “papa de papel”, ou seja, em um ídolo. Com isso, culpam os evangélicos de bibliolatria.2 Estamos cientes de que tem havido alguns exageros por parte de alguns fundamentalistas evangélicos, mas a verdade é que os “eruditos” liberais têm-se mostrado tão exagerados quanto muitos do que eles denominam de fundamentalistas. Teoricamente falando, a maioria dos liberais acredita em Deus, supondo que Ele pode intervir na história da humanidade, porém, na prática, e com freqüência, mostram-se muito mais deístas.3 Normalmente, os liberais também favorecem o “relativismo”, ou seja, difundem que no campo da verdade não há absolutos. Segundo este raciocínio, se não há verdades absolutas, então, as verdades da Bíblia (que são absolutas) são relativas, logo, não podem ser a Palavra de Deus. Tendo rejeitado a Bíblia como a infalível Palavra de Deus e aceitado a idéia de que tudo está fluindo, o teólogo liberal afirma que não é segura qualquer idéia permanente a respeito de Deus e da verdade teológica. Levando o pensamento existencialista às últimas conseqüências, conclui-se que: se quisermos que a Bíblia tenha algum valor para a modernidade e fale ao homem moderno, temos de criar uma teologia para cada cultura, para cada contexto, onde nenhum ensino é absoluto, mas relativo, variando conforme o contexto sociocultural. Obviamente, tal pensamento possui fundamento em alguns pontos, mas daí ao radicalismo de pregar que nada é absoluto, isso já extrapola e fere diversos princípios bíblicos.
Autor :CACP
... e suas implicações para a fé bíblica Do jeito que as coisas andam em nossos dias, precisamos urgentemente nos libertar da teologia liberal. É espantoso o crescente número de livros (inclusive publicados por editoras evangélicas) que esboçam os ensinamentos deste tipo de teologia ou tecem comentários favoráveis. Embora esta teologia tenha nascido com os protestantes, hoje, porém, seus maiores expoentes são os católicos romanos. Na católica encontramos grande quantidade de obras defendendo e/ou propagando a teologia liberal. E não é só isso. A forma com que alguns seminários e igrejas vêm se comprometendo com os ensinos desta teologia também é de impressionar. A libertação da teologia liberal não só é necessária como também é vital para a Igreja brasileira, ameaçada pelo secularismo e pelo liberalismo teológico corrosivo. Apesar das motivações iniciais dos modernistas, suas idéias, no entanto, representaram grave ameaça à ortodoxia, fato já comprovado pela história. O movimento gerou ensinamentos que dividiram quase todas as denominações históricas na primeira metade deste século. Ao menosprezar a importância da doutrina, o modernismo abriu a porta para o liberalismo teológico, o relativismo moral e a incredulidade descarada. Atualmente, a maioria dos evangélicos tende a compreender a palavra “modernismo” como uma negação completa da fé. Por isso, com facilidade esquecemos que o objetivo dos primeiros modernistas era apenas tornar a igreja mais “moderna”, mais unificada, mais relevante e mais aceitável em uma era caracterizada pela modernidade. Mas o que caracterizaria um teólogo liberal? O verbete sobre o “protestantismo liberal” do Novo Dicionário de Teologia, editado por Alan Richardson e John Bowden, nos traz uma boa noção do termo. Vejamos três destaques de elementos do liberalismo teológico: 1- É receptivo à ciência, às artes e estudos humanos contemporâneos. Procura a verdade onde quer que se encontre. Para o liberalismo não existe a descontinuidade entre a verdade humana e a verdade do cristianismo, a disjunção entre a razão e a revelação. A verdade deve ser encontrada na experiência guiada mais pela razão do que pela tradição e autoridade e mostra mais abertura ao ecumenismo; 2- Tem-se mostrado simpatia para com o uso dos cânones da historiografia para interpretar os textos sagrados. A Bíblia é considerada documento humano, cuja validade principal está em registrar a experiência de pessoas abertas para a presença de Deus. Sua tarefa contínua é interpretar a Bíblia, à luz de uma cosmovisão contemporânea e da melhor pesquisa histórica, e, ao mesmo tempo, interpretar a sociedade, à luz da narrativa evangélica; 3 - Os liberais ressaltam as implicações éticas do cristianismo. O cristianismo não é um dogma a ser crido, mas um modo de viver e conviver, um caminho de vida. Mostraram-se inclinados a ter uma visão otimista da mudança e acreditar que o mal é mais uma ignorância. Por ter vários atributos até divergentes, o liberal causa alergia para uns e para outros é motivo de certa satisfação, por ser considerado portador de uma mente aberta para o diálogo com posições contrárias. As grandes batalhas causadas pelo liberalismo foram travadas dentro das grandes denominações históricas. Muitos pastores que haviam saído dos EUA no intuito de se pós-graduarem nas grandes universidades teológicas da Europa, especificamente na Alemanha, em que a teologia liberal abraçava as teorias destrutivas da Alta Crítica produzida pelo racionalismo humanista, acabaram retornando para os EUA completamente descrentes nos fundamentos do cristianismo histórico. Os liberais, devido à tolerância inicial dos fiéis para com a sã doutrina, tiveram tempo de fermentar as grandes denominações e conseguiram tomar para si os grandes seminários, rádios e igrejas, de modo que não sobrou outra alternativa para grande parte dos fundamentalistas senão sair dessas denominações e se organizar em novas denominações. Daí surgiram os Batistas Regulares (que formaram a Associação Geral das Igrejas Batistas Regulares, em 1932), os Batistas Independentes, as Igrejas Bíblicas, as Igrejas Cristãs Evangélicas, a Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos (em 1936, que mudou seu nome para Igreja Presbiteriana Ortodoxa), a Igreja Presbiteriana Bíblica (em 1938), a Associação Batista Conservadora dos Estados Unidos (em 1947), as Igrejas Fundamentalistas Independentes dos Estados Unidos (em 1930) e muitas outras denominações que existem ainda hoje. Podemos dizer que algumas das características do cristianismo ortodoxo se baseiam nos seguintes pontos: • Manter fidelidade incondicional à Bíblia, que é inerrante, infalível e verbalmente inspirada; • Acreditar que o que a Bíblia diz é verdade (verdade absoluta, ou seja, verdade sempre, em todo lugar e momento); • Julgar todas as coisas pela Bíblia e ser julgado unicamente por ela; • Afirmar as verdades fundamentais da fé cristã histórica: a doutrina da Trindade, a encarnação, o nascimento virginal, o sacrifício expiatório, a ressurreição física, a ascensão ao céu, a segunda vinda do Senhor Jesus Cristo, o novo nascimento mediante a regeneração do Espírito Santo, a ressurreição dos santos para a vida eterna, a ressurreição dos ímpios para o juízo final e a morte eterna e a comunhão dos santos, que são o Corpo de Cristo. • Ser fiel à fé e procurar anunciá-la a toda criatura; • Denunciar e se separar de toda negativa eclesiástica dessa fé, de todo compromisso com o erro e de todo tipo de apostasia; • Batalhar firmemente pela fé que foi concedida aos santos. Contudo, o liberalismo, em sua apostasia, nega a validade de quase todos os fundamentos da fé, como, por exemplo, a inerrância das Escrituras, a divindade de Cristo, a necessidade da morte expiatória de Cristo, seu nascimento virginal e sua ressurreição. Chegam até mesmo a negar que existiu realmente o Jesus narrado nas Escrituras. A doutrina escatológica liberal se baseia no universalismo (todas as pessoas serão salvas um dia e Deus vai dar um jeito até na situação do diabo) e, conseqüentemente, para eles, não existe inferno e muito menos o conceito de pecado. O liberalismo é um sistema racionalista que só aceita o que pode ser “provado” cientificamente pelos próprios conhecimentos falíveis, fragmentados e limitados do homem. Os primeiros estudiosos que aplicaram o método histórico-crítico sem critérios ao estudo das Escrituras negavam que a Bíblia fosse, de fato, a Palavra de Deus inspirada. Segundo eles, a Bíblia continha apenas a Palavra de Deus. O liberalismo teológico tem procurado embutir no cristianismo uma roupagem moderna: pegam as últimas idéias seculares e, sorrateiramente, espalham no mundo cristão. J.G. Machem, em seu livro Cristianismo e liberalismo, trata deste assunto com maestria. Na contracapa, podemos ver uma pequena comparação entre o cristianismo e o liberalismo: “O liberalismo representa a fé na humanidade, ao passo que o cristianismo representa a fé em Deus. O primeiro não é sobrenatural, o último é absolutamente sobrenatural. Um é a religião da moralidade pessoal e social, o outro, contudo, é a religião do socorro divino. Enquanto um tropeça sobre a ‘rocha de escândalo’, o outro defende a singularidade de Jesus Cristo. Um é inimigo da doutrina, ao passo que o outro se gloria nas verdades imutáveis que repousam no próprio caráter e autoridade de Deus”. Muitos, por buscarem aceitação teológica acadêmica, têm-se comprometido fatalmente, pois, na prática, os liberais tentam remover do cristianismo todas as coisas que não podem ser autenticadas pela ciência. Sempre que a ciência contradiz a Bíblia, a ciência é preferida e a Bíblia, desacreditada. Hoje, a animosidade que demonstram para com a Bíblia tem caracterizado aqueles que crêem que ela é literalmente a Palavra de Deus e inerrante (sem erros em seus originais) como “fundamentalistas”.1 Ora, podemos por acaso negociar o inegociável? Os liberais acusam os evangélicos de transformar a Bíblia em um “papa de papel”, ou seja, em um ídolo. Com isso, culpam os evangélicos de bibliolatria.2 Estamos cientes de que tem havido alguns exageros por parte de alguns fundamentalistas evangélicos, mas a verdade é que os “eruditos” liberais têm-se mostrado tão exagerados quanto muitos do que eles denominam de fundamentalistas. Teoricamente falando, a maioria dos liberais acredita em Deus, supondo que Ele pode intervir na história da humanidade, porém, na prática, e com freqüência, mostram-se muito mais deístas.3 Normalmente, os liberais também favorecem o “relativismo”, ou seja, difundem que no campo da verdade não há absolutos. Segundo este raciocínio, se não há verdades absolutas, então, as verdades da Bíblia (que são absolutas) são relativas, logo, não podem ser a Palavra de Deus. Tendo rejeitado a Bíblia como a infalível Palavra de Deus e aceitado a idéia de que tudo está fluindo, o teólogo liberal afirma que não é segura qualquer idéia permanente a respeito de Deus e da verdade teológica. Levando o pensamento existencialista às últimas conseqüências, conclui-se que: se quisermos que a Bíblia tenha algum valor para a modernidade e fale ao homem moderno, temos de criar uma teologia para cada cultura, para cada contexto, onde nenhum ensino é absoluto, mas relativo, variando conforme o contexto sociocultural. Obviamente, tal pensamento possui fundamento em alguns pontos, mas daí ao radicalismo de pregar que nada é absoluto, isso já extrapola e fere diversos princípios bíblicos.
terça-feira, 7 de julho de 2009
Pastor Sebastião Antônio de Oliveira
Este é o Pastor da igreja da Fé em Guará, e sou muito grato a Deus por ser Filho deste homem, que sempre me ensinou tudo sobre a vida, e me deu e dá exemplo e um testemunho de homem de caráter e acima de tudo homem temente a Deus, mas Deus sabe porque eu tinha que ser filho deste homem, acredito eu que não seria melhor que sou.
"Este homem é exemplo para o mundo"
"Este homem é exemplo para o mundo"
Tiago E Lucas
Davi e Márcio
pensamento do dia
"O que realmente eu quero é que estejais livres de preocupações. Quem não é casado cuida das coisas do Senhor, de como agradar ao Senhor; mas o que se casou cuida das coisas do mundo, de como agradar à esposa, e assim está dividido. Também a mulher, tanto a viúva como a virgem, cuida das coisas do Senhor, para ser santa, assim no corpo como no espírito; a que se casou, porém, se preocupa com as coisas do mundo, de como agradar ao marido." (1 Co 7:32-34)."Pense como casado e casada"
Domingos "Drum"
segunda-feira, 6 de julho de 2009
orquestra Agnus
Estes músicos tem dedicado muito à música, e cada dia tem crescido o número de integrantes, a igreja da Fé ela esta sendo um selheiro de músicos, e acima de tudo músicos bons, até as crianças estão muito interessadas em aprender a música,para louvar ao Senhor dos senhores.
Que Deus possa continuar abençoando todos da orquestra.
Que Deus possa continuar abençoando todos da orquestra.
Fernandinho Lubito
Elias Alves (The Luthier)
domingo, 5 de julho de 2009
pensamento do dia
As mulheres prescisam de mudanças o tempo todo.Comunique-se frequentemente com sua esposa e pergunte-lhe o que ela necessita.Mary[Springfield]
sexta-feira, 3 de julho de 2009
festividade das irmãs do círculo de oração e aniversário da Igreja da Fé no Brasil
Dia 13/09/07 até o dia 19/09/07as irmãs do círculo de oração estará festejando mais um aniversário, a igreja tbm estara em festa completando mais um ano de vitória
quarta-feira, 1 de julho de 2009
pensamento do dia
Todo marido prescisa saber que quando os hormônios estão ativos e sua esposa desorientada - é necessário agarrá-la, abraçá-la e dizer-lhe "eu ti amo".Linda [St. Louis]
todo mundo sabe, todo mundo conhece.
Ultimamente , onde todos podem ser informados de vários assuntos , noticias,profissões,religião e etc.....,isto por causa do poder da tecnologia da informações.
Todos informados,todo mundo sabe, todo mundo conhece, se não for do jeito dele esta errado, mas pelas atitudes deste mundo vemos que ele continua apenas ignorante.
"Conhecimento em crescimento só é visto na atitude e no carater".[Oliver]
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